sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Mudanças - Parte I


Algo aconteceu, e...


Eu mudei. Tudo mudou: vários pontos de vista que eu tinha, já não os tenho, mudaram.
Eu mudei.
Eu mudei, porque passei a conhecer-me melhor, porque aprendi a gostar de mim, porque agora sei dizer o que quero para a minha vida, para mim e para os meus. Ainda estou dividida sobre alguns aspectos, mas nisso, o tempo há-de me ajudar - é um dos meus melhores amigos nesse campo.
Aprendi a deixar de lado quem não me fazia assim tanta falta, e a preservar quem eu preciso de ter comigo. A família, os melhores amigos, até os cães... Todos me fazem falta. São aqueles que posso dizer, com o rei na barriga, que são os meus.
Costuma-se dizer para darmos asas ao que julgamos ser nosso, porque se voltar, é porque o é realmente. Gosto dessa teoria, e agradam-me todos os resultados: até aqueles que à primeira vista parecem negativos. Se não voltarem? Não há mal. Ficaram os necessários. Se voltarem contrariados? Patins em linha, mon chérrie, são um óptimo presente. E sendo um presente, vão, mas também não voltam a bater à mesma porta por uma segunda ou terceira vez.
Emocionalmente? Mudei, oh se mudei!
Mudei, e radicalmente. É como se os últimos dois anos não tivessem acontecido: voltei a ser o "eu" que era em... Vá, Agosto de 2009, onde eu era uma Joana mais alegre, sempre a rir para toda a gente, onde nem os maus acontecimentos ousavam chegar perto. Não me deixo levar por palavras bonitas, mas sim por atitudes, acontecimentos. Sou livre - acima de tudo, sou livre. Adoro a minha liberdade. Posso até nem fazer uso nenhum dela, mas saber que a tenho agrada-me.
Contudo, estas mudanças emocionais, também têm os seus aspectos negativos. Apesar de serem poucos, não me agradam, mas  - volto a citar - o tempo ajudar-me-á.
Passei a ser fria. Não demonstro emoção nenhuma que não seja necessária. Talvez as pessoas me achem agora mais arrogante - acredito piamente que muita gente me ache arrogante, mas isso é irrelevante para mim. Tenho um escudo de ferro à minha volta, consigo-me proteger muito bem, e sei que agora nada me magoará - pelo menos, não tão profundamente.
Se estou a sofrer? Sim, óbvio que sim. Não é de ânimo leve que... Enfim, não interessa o que aconteceu. Sim, eu sofro. O meu escudo é que é de ferro, eu não. Mas se volto atrás com a minha palavra? Nunca na vida. Gosto imenso do meu orgulho, e se tudo acabou, acabou mesmo, e não volto nunca com a minha palavra atrás por aqueles que faziam parte dos meus, fizeram borrada atrás de borrada e passaram a meros desconhecidos.



Lamento pelos testamentos, ainda não me habituei a escrever pouco, é um mau hábito... Mas isto há-de passar, prometo!

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