segunda-feira, 5 de março de 2012

Saudades!

Hoje lembrei-me bastante de ti. Pensei em mandar-te mensagem, só para te dizer que está tudo bem comigo, que estou apenas a ficar um pouco constipada; mas não o fiz. Sei perfeitamente que se o fizesse, provavelmente ligavas-me logo, para teres a certeza que eu estava mesmo bem, se precisava de algum remédio, etc..
Tenho saudades tuas. Gostava bastante que pudéssemos "funcionar" bem um com o outro, que não estivéssemos quase sempre a brigar. Parece que nem distantes, nem próximos, não paramos de nos zangar um com o outro. Não deveria ser assim, não é verdade?
Eu sei que me amas incondicionalmente, por mais asneiras que eu faça. Eu também te amo. Mas por muitas das vezes, sinto que tenho de te provar inúmeras coisas, coisas que eu acho que não tenho de te provar. Devias conhecer-me bem, como a palma da tua mão. Pior mesmo, é estar contigo e mesmo assim sentir-me sozinha. Não deveria mesmo ser assim.
Por pior que me faças sentir às vezes, com o que me dizes ou com o que me fazes, continuo a amar-te, e a sentir saudades tuas.
Mas sabes? Continuo a imaginar-me a correr para ti, tal como sempre fiz desde pequenina quando te ia buscar ao Aeroporto. E continuo mesmo a fazê-lo. Mesmo sendo assim, tão grande, já tão crescida, continuo a estar sentada no ferro, à tua espera, o mais perto possível da porta, para te ver chegar e passar por todas as outras pessoas a correr, a dar um pulo para que os meus braços formem um cadeado à volta do teu pescoço. E lá vou eu, pendurada ao teu pescoço, a abraçar-te - estranhamente - uns metros por aquela rampa até podermos parar, para eu olhar bem para ti, e dizer "pai!" já com as lágrimas nos olhos.

Tenho saudades tuas. Amo-te pai.

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